Marco Galinha desmente Mariana Mortágua e nega ligações à oligarquia russa
Em comunicado, o CEO do Global Media Group e do Grupo Bel responde à deputada que, esta semana, na SIC Notícias, o acusou de ter negócios com um oligarca russo.
Leia o comunicado na íntegra:
“Está em curso uma campanha persecutória promovida pela Senhora Deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua, que atinge a minha honra, imagem, bom nome e reputação. Com recurso à insinuação e ao conhecido método de pegar em histórias, muitas das quais que me são completamente alheias, transmite ao público, através de associações e suspeições a que sou alheio, uma imagem negativa, errada e deturpada sobre mim, sobre a forma como conduzo os meus negócios e de como dirijo a minha vida empresarial.
Seguramente para escamotear a ausência de posição de condenação desde a 1ª hora, por parte do Bloco de Esquerda e da Senhora Deputada, relativamente aos bárbaros atos de Putin e dos dirigentes russos contra o sofrido e bravo povo Ucraniano, a Senhora Deputada tem-se manifestado contra o que designa como a “oligarquia russa”, que tem dinheiro fora da Rússia e que continua a suportar Putin. Não se ficando por aqui, usa uma relação familiar próxima e alguns negócios residuais que tenho com o Senhor meu sogro – um sucedido e muito capaz empresário, um dedicado Pai, e um extremoso avô do meu filho – que é apelidado de “oligarca” russo, e eu como pessoa de ligações ao mesmo. Dando uma ideia de mim, das minhas empresas (e do meu Sogro) como pessoas ligadas a nublosas fortunas e ao poder político daquele país.
Sobre este ataque, que visa atingir-me pessoalmente e à minha família, quero deixar claro, a título pessoal e como CEO do Grupo Bel e do Global Media Group, que repudio veementemente as afirmações da deputada Mariana Mortágua, que pretendem associar-me à identificada “oligarquia” russa, recusando qualquer tentativa de colagem e aproveitamento político da minha relação familiar.
Não tenho, nem nunca tive, qualquer relação com homens e mulheres próximos do poder russo, empresas russas ou denominados “oligarcas” russos.
O Senhor Markos Leivikov, que está há longos anos em Portugal e não está ligado a qualquer processo de Vistos Gold, não é sócio ou acionista ou titular de qualquer interesse do Global Media Group (proprietário entre outros do DN, JN, TSF, O Jogo, Volta ao Mundo, Evasões, Men’s Health, Dinheiro Vivo) nem tendo a menor ligação ao mesmo. Também não é sócio ou acionista do Grupo Bel, empresa integralmente detida por capitais nacionais, e que tem em vigor rigorosas regras de compliance elaboradas de acordo com os mais exigentes requisitos nacionais e internacionais.
As afirmações que são feitas, ligando-me à “oligarquia” russa, criam dúvidas injustas e injustificadas sobre a minha pessoa, e família, divulgando ideias que não esclarecem nem informam o público, e põem em causa o meu bom nome e o trabalho que, a pulso, tenho desenvolvido.
Em 2014 e 2016 fui nomeado “Português de Valor” pela Lusopress, e em 2015 recebi a AFCEA (Associação para as Comunicações, Eletrónica, Informações e Sistemas de Informação para Profissionais) Medal for Outstanding Services.
Entre 2016 e 2019, exerci o cargo de Conselheiro no Conselho Económico Social, e, desde 2016, integro a CIP – Confederação Empresarial de Portugal, onde ocupo o cargo de Vice-Presidente do Conselho Geral.
Represento um grupo empresarial – o Grupo BEL – de que muito me orgulho, que agrega um conjunto de mais de 40 empresas e labora há quase 20 anos, estando presente em várias associações empresariais nacionais e internacionais, e que conta com a colaboração de cerca de 2.000 trabalhadores, gerando vendas anuais na ordem de € 550.000.000,00.
Construí a minha reputação ao longo dos anos, com base na qualidade dos serviços prestados, na dedicação de todos os colaboradores e motivado pela vontade de fazer melhor. As minhas empresas pautam-se pelo rigor, ética e responsabilidade nas suas atividades.
Tornei-me Presidente do Conselho de Administração de um grupo de comunicação social – Global Notícias Media Group – que tem cerca de 500 trabalhadores, e fi-lo com o intuito e missão de recuperar o bom jornalismo e contribuir, na sua quota parte, para a evolução do Estado de Direito Democrático. Aquilo que pretendo, e que me preocupa (todos os dias), é criar condições para que os órgãos de informação do grupo possam desenvolver um jornalismo de qualidade, sério, rigoroso e independente. É isso que quero e que vim promover, devolvendo ao Grupo Global Media o lugar que lhe pertence e de que todos precisamos. Como aconteceu com o “Diário de Notícias”, já com 150 anos de história, e que de semanário regressou já ao seu formato original, que é o de um jornal diário de grande rigor informativo.
Neste momento, o Grupo BEL procura, como tantas pessoas e entidades em Portugal, prestar auxílio ao povo ucraniano através do envio de ajuda humanitária, o que fazemos independentemente das afirmações da Senhora Deputada Mariana Mortágua ou do Bloco de Esquerda, que dariam melhor uso ao espaço mediático que têm se se manifestassem na defesa dos direitos do povo Ucraniano.
Durante o tempo em que dura o conflito, o Grupo BEL já realizou uma “missão de resgate” de uma família ucraniana, enviou ajuda humanitária e recentemente anunciou a criação de 100 postos de trabalho para os refugiados ucranianos que cheguem ao nosso país.
Para que não subsistam quaisquer dúvidas, estamos solidários e daremos todo o apoio ao povo ucraniano. Nisso divergimos, claramente, da Sra. Deputada Mariana Mortágua e do seu discurso sobre a injustificável guerra em curso”.
Fonte: Diário de Notícias